sábado, 13 de março de 2010

Afinal quem é quem?

Nem todos os produtos da mesma família poderão vir do mesmo fabricante, é o caso dos iogurtes por exemplo.
Isto é o resultado das minhas idas às compras e de rumores, e sempre que posso actualizo.

Salsichas Continente = Salsichas Nobre
Iogurtes Pingo Doce = Iogurtes Yoplait
Água Continente = Água São Martinho
Esquentadores Worten = Esquentadores Vulcano/Junkers (não comprovado)
Iogurtes Auchan = Iogurtes Yoplait
Pão forma Auchan = Pão forma Panrico (não comprovado)
Água Minipreço/Dia = Água Caldas de Penacova (não comprovado)
Café Continente = Café Delta (não comprovado)

Os combustíveis de marca branca prejudicam o seu carro?

Marta Marques Silva in Económico
Um dado, pelo menos, parece certo: existem diferenças entre os produtos.
A polémica é tão antiga quanto os próprios combustíveis de marca branca. São os produtos comercializados nas áreas comerciais dos supermercados iguais aos das marcas de referência? Estes combustíveis prejudicam a mecânica do carro? Quanto à primeira questão parecem já existir poucas dúvidas: a resposta parece ser não. De acordo com Galp e com a Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis, os produtos de marca são enriquecidos com aditivos que fazem a limpeza e manutenção dos motores, melhoram a performance do veículo e contribuem para a redução de emissões poluentes. O próprio presidente da Autoridade da Concorrência referia-se, em Outubro, aos produtos de marca branca como "produtos mais simples". E, em Junho, o Instituto Civil da Autodisciplina da Publicidade suspendia uma campanha do Jumbo onde este publicitava que "a única diferença entre o combustível do Jumbo e os outros é o preço", fazendo saber que "os produtos são distintos".
No entanto, esta "diferença" não implica necessariamente que os combustíveis de marca branca prejudiquem as componentes mecânicas do automóvel. Em declarações ao Económico, o grupo Auchan, detentor das áreas comerciais do Jumbo, refere que: "Os nossos combustíveis não prejudicam as mecânicas dos automóveis, uma vez que cumprem toda a legislação em vigor que assegura esta garantia. Temos, como qualquer operador neste mercado, vistorias por parte do Ministério da Economia e Inovação com o objectivo de verificar a conformidade dos nossos produtos e nunca foi levantada qualquer questão". Também o grupo Mosqueteiros diz estar "seguro que o produto cumpre os requisitos do decreto-lei nº 89/2008 de 30 de Maio".
Tendo em conta que as marcas brancas compram o combustível (sem aditivos) às petrolíferas, Galp, Repsol, BP, etc, o grupo Auchan levanta ainda uma questão pertinente: "Se esta aditivação é recente, e aparentemente praticada apenas por algumas companhias e não em todas as suas gasolineiras, então podemos concluir que ao longo dos últimos anos estas companhias têm vindo a comercializar um produto que danifica as mecânicas dos automóveis? Semelhante aquele que os hipermercados agora comercializam?".
O Diário Económico ouviu ainda os construtores automóvel GM, Toyota e Renault. Todos referem não se opor à utilização dos combustíveis de marca branca desde que estes cumpram com as normas e padrões de qualidade impostos pela legislação em vigor. De acordo com a Toyota, "todos os nossos motores estão optimizados para funcionarem com combustíveis enquadrados nas normas em vigor". E a Renault acrescenta ainda que "um utilizador de combustíveis de marca branca beneficia do mesmo tipo de garantias contratuais com a excepção (válida para qualquer combustível de marca branca ou não) da utilização de combustíveis adulterados".

O que dizem os especialistas?

Reportagem feita pela RTP
http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=180389&headline=20&visual=9


Nelson Gago in Jornal Região Sul
Como publicitário acredito que as marcas são, de facto, o maior activo das empresas. Para além de identificar e diferenciar, as marcas têm as funções de criar pertença e serem uma garantia para os consumidores. Ao adquirir uma determinada marca, independentemente do local de compra, existe a certeza de que esta oferece os benefícios a que estamos habituados.
Neste contexto, onde se enquadram as denominadas marcas brancas? Um estudo recente da AC Nielsen concluiu que as marcas brancas (ou próprias) crescem a uma taxa superior à do mercado. Em 2007, terão aumentado a sua quota em cerca de 4%, valor este, já superado em 2008.
A crise instalada tem levado os portugueses a optar pelo factor preço, em detrimento dos factores “garantia” e “pertença” oferecido pelas grandes marcas. Mas será que as marcas brancas, não oferecem garantias? Apesar do nome se manter, a ideia de que estes produtos são de menor qualidade “morreu” na década de 80. Actualmente os distribuidores apostam nas marcas próprias para se diferenciarem, aumentando a fidelidade dos consumidores e oferecendo um “good value for money” (boa relação qualidade/preço). Os produtos ganharam cor, identidade e uma qualidade muito acima da média.
Como conseguem então, os hipermercados, disponibilizar bons produtos a custos tão baixos? A resposta é simples. Redução dos custos publicitários, custo zero no linear das lojas, distribuição centralizada, entre outros. Resultado? Um bom produto, a um custo acessível.
Bens alimentares básicos como o esparguete, arroz, leite ou água podem ser adquiridos por vezes por um terço do preço das grandes marcas.
Então, se as marcas brancas estão identificadas e diferenciadas das outras e oferecem o mesmo tipo de garantias (ou a devolução do dinheiro) onde reside a grande diferença entre as marcas próprias e as marcas ditas “normais”? Basicamente, na satisfação do nosso “ego”. Os laços que criamos com as marcas é que ditam a nossa escolha. É esse o factor “x”. Por muito que um computador de marca própria seja bom, todos gostaríamos de ter um “Apple” ou um “Sony Vaio”. Por muito que a farinha do “Continente” seja boa, parece que os bolos só resultam com a “Banca de Neve”.
Deixo a decisão para cada consumidor mas acredito que, cada vez mais, o nosso ego seja esquecido em função dos euros na carteira.


Lucília Tiago in Jornal Notícias
O sector da distribuição em geral, e o da área alimentar em particular, viu a facturação crescer a dois dígitos em 2008 e espera resultados positivos este ano. Muito à conta dos produtos de marca própria que já pesam 33% das vendas.
Catorze mil milhões de euros ou o equivalente a 8,4% do PIB português. Foi este o valor que a distribuição facturou em 2008, segundo o "ranking" do sector ontem divulgado pela Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED). Por comparação com o ano anterior, há a registar um crescimento global de 12%. Mas se se tiverem em conta apenas as empresas da área alimentar (hipers e supermercados), os dados revelam subidas de vendas da ordem dos 21% (no caso do Modelo/Continente) ou 18% (Jerónimo Martins).
Uma parte significativa destas vendas incidiu sobre os produtos de marca própria (também conhecidos por "brancos"). Segundo os dados da TNS Worldpanel, no final do primeiro trimestre deste ano, os portugueses gastavam naquelas marcas 33 euros por cada 100 euros de compras. Dois anos antes, os produtos "brancos" pesavam 26,5 euros.
A procura de produtos de marca própria tem aumentado à medida que se intensifica a crise, evidenciando que as famílias portuguesas procuram manter o mesmo nível de consumo, mas direccionando-se para produtos mais em conta. O estudo da TNS Worldpanel mostra que a generalidade dos produtos de marca própria - congelados, lácteos, mercearias ou bebidas - tem aumentado o seu peso no cabaz de compras neste último ano. E há já várias categorias de "brancos" a "bater" os produtos de marca.
O caso das conservas de fruta será o mais expressivo, com as marcas da distribuição a absorver já 70% das vendas totais deste tipo de produtos. Nas batatas congeladas, a preferência pela marca branca atinge os 68,9% e nos guardanapos de papel chega aos 67,2%. Mais de metade das vendas de massas alimentícias, polpa de tomate, pratos prontos congelados ou salgados congelados são também já de marcas próprias.
Esta mudanças nos hábitos e preferências dos consumidores tem igualmente impacto nos resultados das várias cadeias de hipermercados e supermercados. Se se tiverem em conta os 904 milhões de euros de facturação do Minipreço, em 2008, e ainda que, neste grupo, 47% das vendas incidem sobre as marcas "Dia", constata-se que o Minipreço facturou 424,9 milhões de euros com os produtos "brancos".
No caso do Pingo Doce, que registou vendas de 2,66 mil milhões de euros, as marcas próprias representaram, no ano passado, uma facturação da ordem dos 1,2 mil milhões de euros.
Marcas próprias à parte, no geral, os resultados da facturação do sector surpreenderam pela positiva - tendo em conta que 2008 foi já ano de recessão económica - ainda que, como referiu o presidente da APED, a retracção nalguns hábitos de consumo (com os consumidores e reduzirem as idas a restaurantes) acabe por beneficiar o sector alimentar. Esta mesma tendência e o facto de o orçamento em compras de supermercado ser relativamente estável levam Luís Vicente Dias a estimar que o ramo alimentar continue a crescer em 2009, ainda que, provavelmente, a um ritmo mais modesto.

Made in ...


Existe um logótipo oval com várias indicações, penso que se chama número de controlo veterinário e indica o país onde é feito, o número da empresa e a conformidade do produto às exigências comunitárias.
Ao contrário do que muitos pensam, o inicio do código de barras começando com 560 não garante a proveniência nacional de um determinado produto - apenas indica que a embalagem é feita em Portugal.

Marcas Brancas o que são?

Não é só em tempos de crise que é necessário poupar dinheiro e onde se aplica melhor este conceito é na alimentação. Os hipermercados depressa se aperceberam de que se tivessem uma marca, mais barata e com os mesmos padrões de qualidade, o lucro seria maior. Passaram a ter marcas próprias, denominadas marcas brancas.
Fazem acordos com grandes empresas que já estão no ramo há anos e negoceiam a melhor maneira de baixar o preço sem pôr em causa a qualidade. Há várias formas para isso acontecer, tais como grafismos mais simples, fórmulas ligeiramente diferentes, etc.